Congresso derruba Decreto que instituiu a alta do IOF.

O Congresso Nacional derrubou ontem a noite o Decreto 12.466 que instituiu a alta do IOF, a votação anunciada por Hugo Motta de maneira repentina, pois o governo achava que ainda teria mais uma semana de prazo para negociações, pegou todos de surpresa.

E numa manobra combinada com o Presidente do Senado, Davi Alcolumbre, foi votado um Projeto de Decreto Legislativo (314/25), instrumento que tem o poder de derrubar um Decreto Lei do poder executivo.

A votação foi esmagadora na Câmara (383 votos contra 98), e no Senado passou de maneira simbólica.

O instrumento utilizado pelo Congresso é raro, a última vez que foi utilizado, foi na época de Fernando Collor de Mello na presidência, há 33 anos atras.

O governo central tenta juntar os cacos, alguns defendem a judicialização do processo, outros querem uma saída política.

A equipe econômica previa uma arrecadação de mais de R$. 60 bilhões em dois anos, sendo R$ 20 bilhões apenas neste segundo semestre.

Os mercados devem refletir a queda do IOF, pois mais do que nunca, voltam à tona as questões ficais, o governo tem que correr com medidas para fechar as conta de outra maneira.

Ontem o dia foi de apreensão com a possível da votação da derrubada do IOF, o dólar subiu e fechou cotado em torno de 5,56 e o Ibovespa fechou em queda de -1,02% aos 135.767 pontos.

Os preços do petróleo trabalham em alta de +0,38% na média, o barril do Brent está sendo negociado em usd.66,67 e o WTI em usd.65,11.

A agenda econômica é cheia hoje, destaque para o IPCA-15 aqui no Brasil e divulgação do PIB e pedidos de seguro-desemprego nos EUA.

Os índices acionários europeus e os futuros norte-americanos trabalham em alta.

O Bacen irá realizar leilões de swap cambial para fins de rolagens (11h:30).

AGENDA ECONOMICA: Principais divulgações

BRASIL: reunião do CMN (08:00h), IPCA-15 (09:00h).

EUA: discursos de membros do FOMC (09:00h), PIB trimestral, pedidos de seguro-desemprego (09h:30), vendas de moradias pendentes (11:00h).

BOLSAS DE VALORES

ÁSIA: Shanghai: -0,22%, Hong Kong: -0,22%, Tokio: +1,66%

EUROPA: trabalham em alta de +0,65% na média.

EUA índices futuros: trabalham em alta de +0,35% na média.